Etnografia

 

A Etnografia e o Folclore como Centro de Interpretação

 

O grande objectivo que temos em tudo o que signifique vivência do tradicional— logo a Etnografia e o Folclore--  é que o mesmo se transforme num Centro de Interpretação que pemita aos vindouros conhecer, interiorizando-o  as suas raízes. Mas isso é um projecto que não acredito seja para o meu tempo, por muitos anos que ainda viva.É  de facto um projecto  para começar ontem, mas a crise económica e de sensibilidades para o assunto, são obstáculos e enormes.

 

Para já, cada componente do Rancho Folclórico de Montargil, terá que saber o que significa o traje que veste, a  razão de ser do mesmo , por isso  pretendemos que a nossa Escola Infantil e Juvenil de Folclore pouco a pouco se transforme numa Academia de Usos e Costumes. E é também nesse sentido que a “tocata” do rancho se passará a designar CANCIONEIRO DE MONTARGIL..

Não se trata de mais um “grupo de cantares”, que para isso já temos o “CantarGil”, tampouco terá autonomia do Rancho e apenas cantará as modas tradicionais que por aqui se cantaram, nomeadamente as “SAIAS”.Poderá, isso sim, participar em Encontros de Cantares de Saias como já o fez em  Encontros de Cantares do Trabalho e outros similares.

Mas entretanto, o grande projecto será o de dispor de determinado espaço no qual se possam fazer mini-searas dos diversos produtos—trigo,milho,aveia,etc,--a pequena horta e o pequeno pomar,  se possam criar aves e animais domésticos , se matem os porcos e façam os queijos, para mais não citar (naturalmente tudo à maneira antiga). E assim teremos uma “universidade rural” (visitada por escolas nos diversos ciclos) que pode talvez—não sou economista-- financiar-se através do Turismo Cultural.

Claro que vou apresentar esta base de projecto a diversas entidades, mas se disso for caso é uma herança que deixarei aos “operários” do meu “ grupo de folclore”.

LINO MENDES